Continuando a sua catequese sobre a oração em Sao Paulo, durante a Audiência Geral desta manhã da quarta-feria, o Papa Bento XVI centrou-se na Epístola aos Filipenses, que destaca o sentido de gratidão a Deus do Apóstolo, também na iminência do martírio (cf. Filipenses 2, 27)
Na prisão em Roma, Paulo "expressa a alegria de ser discípulo de
Cristo, de poder ir ao seu encontro, até o ponto de ver a morte não como
perda, mas como lucro”. De onde podemos tirar a nossa alegria, também
numa situação tão trágica?
O segredo de Paulo é aquele de ter "os mesmos sentimentos de Cristo
Jesus" (Fl 2,5), ou seja, a humildade, a generosidade, o amor, a
obediência a Deus, o dom de si mesmo. É o seguimento total ao Filho de
Deus, Caminho, Verdade e Vida.
A música mencionada na Carta aos Filipenses, conhecida pela tradição como carmen Christo
(canto por Cristo), "resume todo o percurso divino humano do Filho de
Deus e abrange toda a história humana”, explicou o Papa: “do ser na
condição de Deus, à encarnação, à morte na cruz e à exaltação na glória
do Pai está também implícito o comportamento de Adão, do homem inicial”.
Jesus, Deus feito homem, não vive a sua natureza divina "para triunfar ou para impor a sua supremacia, não o considera como uma posse, um privilégio, um tesouro que deve ser aproveitado". Ao mesmo tempo que assume a “forma de escravo” ("morphe doulos" no original grego da Epístola Paulina), ou seja assemelhou-se aos homens na pobreza, no sofrimento e na morte. Tudo por obediência ao Pai, “até a morte, e uma morte de cruz”, diz São Paulo.
Não é "permanecendo fechado em si mesmo" que o homem se realiza. Adão não errou tanto no imitar a Deus, mas na ideia de Deus que “não quer somente grandeza” mas é principalmente “amor que se doa já na Trindade e depois na criação”.
O hino da Carta aos Filipenses, oferece duas direções importantes para a nossa oração: em primeiro lugar que Deus é "o único Senhor” da nossa vida, em meio a tantos “dominadores” que a querem conduzir e dirigir”, o único tesouro pelo qual “vale a pena gastar a própria existência”.
A segunda indicação é dada pela prostração da genuflexão, também física, que deve ser realizada “não por hábito e rapidamente, mas com profunda consciência”, tratando-se de um modo no qual “confessamos a nossa fé nele”, disse o Papa.
No final da catequese, o Santo Padre voltou ao dilema inicial, dando-lhe uma explicação adequada: São Paulo se alegra diante do risco iminente do martírio, porque “nunca tirou o seu olhar de Cristo até o ponto de transformar-se conforme na morte, “na esperança de alcançar a ressurreição dos mortos” (Fl 3,11).
Quando a tribulação, o sofrimento, a dor, a humilhação se aproximam de nós, mantenhamos o olhar fixo Naquele que por nós se entregou na cruz para ser solidário conosco também na dor.
Jesus, Deus feito homem, não vive a sua natureza divina "para triunfar ou para impor a sua supremacia, não o considera como uma posse, um privilégio, um tesouro que deve ser aproveitado". Ao mesmo tempo que assume a “forma de escravo” ("morphe doulos" no original grego da Epístola Paulina), ou seja assemelhou-se aos homens na pobreza, no sofrimento e na morte. Tudo por obediência ao Pai, “até a morte, e uma morte de cruz”, diz São Paulo.
Não é "permanecendo fechado em si mesmo" que o homem se realiza. Adão não errou tanto no imitar a Deus, mas na ideia de Deus que “não quer somente grandeza” mas é principalmente “amor que se doa já na Trindade e depois na criação”.
O hino da Carta aos Filipenses, oferece duas direções importantes para a nossa oração: em primeiro lugar que Deus é "o único Senhor” da nossa vida, em meio a tantos “dominadores” que a querem conduzir e dirigir”, o único tesouro pelo qual “vale a pena gastar a própria existência”.
A segunda indicação é dada pela prostração da genuflexão, também física, que deve ser realizada “não por hábito e rapidamente, mas com profunda consciência”, tratando-se de um modo no qual “confessamos a nossa fé nele”, disse o Papa.
No final da catequese, o Santo Padre voltou ao dilema inicial, dando-lhe uma explicação adequada: São Paulo se alegra diante do risco iminente do martírio, porque “nunca tirou o seu olhar de Cristo até o ponto de transformar-se conforme na morte, “na esperança de alcançar a ressurreição dos mortos” (Fl 3,11).
Quando a tribulação, o sofrimento, a dor, a humilhação se aproximam de nós, mantenhamos o olhar fixo Naquele que por nós se entregou na cruz para ser solidário conosco também na dor.
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